Faltavam 2 minutos para terminar e ainda havia descontos.
O Universo benfiquista utilizava todo o seu calão em direcção aos jogadores. O que restava do calão, ia em seguida direitinho para o treinador e presidente… Nas bancadas os emigrantes suspiravam…lá teriam de engolir o orgulho, e admitir que no dia seguinte iriam ser enxovalhados pelos seus colegas de trabalho autóctones.
De facto era uma vergonha. Nada se aproveitava daquele jogo. O fim parecia à vista, e as perspectivas não eram animadoras.
Mas o milagre aconteceu.
Eles ainda eram mais nabos, e um remate ortodoxo, de uma zona improvável depois de 30 000 ressaltos, acabou por ir parar ao fundo das redes. Cardozo, esse suplente de luxo, conseguia uma vez mais resolver, e dar esperança aos 2000 que lá estavam, e aos restantes adeptos.
Os sócios olharam para o seu cartão, e deixaram de o rasgar. Era mais uma noite europeia. E ainda haviam de conseguir mais um golo.
Esses 6 minutos, com certeza, não apagaram, nem apagarão da memória, a miséria de exibição que ocorrera antes. Mais do que “Salir à ganar”, há que “Salir a jugar”, e a suar a camisola.
E já agora ser inteligentes a jogar.
Jogarem uns com os outros, e ter cabeça fria…afinal o fim do mês está à porta e os salários de luxo, devem ser suficientes para lhes recordarem desse facto.
Tenho dito!
