A chegada ao navio teve o seu impacto, pelo tamanho do bicho, e pelo frenesim que se vivia a bordo entre tripulação, e passageiros.
Todos os passageiros andavam de colete salva-vidas, fruto da tal simulação, que nós por sermos os últimos não tivemos de fazer.
Começamos por estranhar porque é que todos os empregados se esforçavam por nos dizer o seu nome. Era sempre… “bem-vindos, qualquer coisa que precisem chame o …”, e nós íamos interiorizando, aqueles sorrisos todos, e ouvindo todos os nomes…
Depois de deixarmos as malas na cabine, subimos ao deck principal e fomos ver o que se passava na zona da piscina.
Mas demoramos um bocadinho, porque primeiro que chegue um elevador, é obra!
Estamos num prédio de 13 andares, com um total de 1500 pessoas (mais uns 500 de tripulação), servidos por um total de 7 elevadores, sendo que o comprimento do navio é de 208 metros, eles têm de dividir os elevadores de maneira a que haja em 3 pontos distintos no navio.
Portanto com algum custo lá chegamos ao deck da piscina.
Por lá já toda a gente andava animada, e a equipa de animação fazia as suas apresentações, animando as hostes, e propondo danças que todos os passageiros faziam!
O que desde logo percebemos, que a coisa ia ser animada…
É que com 90% (mais tarde percebemos que eram mais…) dos passageiros brasileiros, o samba era garantido pela certa! E por lá estivemos, enquanto o navio não partia, a ver todos os outros navios a sair, havendo grande festa de parte a parte.
Depois de tudo pronto, lá o navio se pôs em movimento. Só durante o percurso de saída é que deu para perceber o porquê daquele porto ser o mais movimentado da América do Sul. As condições naturais de um rio de grande profundidade, desembocando numa baia com o mar calmo torna-o de fácil navegação.
Quando andávamos, os animadores lá iam dizendo para nos prepararmos porque a cidade de Santos estava à nossa espera para se despedir…e nós…é treta!
O processo de navegação pelo rio, até à foz terá demorado uns 45min, e a dada altura tivemos a companhia de um helicóptero da Marinha militar que foi literalmente voando à volta do navio em manobras verdadeiramente locas, passando a poucos metros do navio, e para grande gáudio dos brasileiros! Eu basicamente estava quando é que aquilo ia correr mal…mas felizmente não correu.
Quando chegamos perto do ponto de saída da cidade, para meu espanto estava efectivamente a cidade toda a despedir-se do navio!!! Inclusive barcos de bombeiros que apitavam freneticamente! Aliás estava tudo frenético! Brasilieros no navio, brasileiros em terra, animadores, tripulação…e nós observávamos, e pensávamos, onde é que nos tínhamos vindo meter.
Em todo o caso, o fim de tarde estava fantástico, a malta animada, e nós já não podíamos desistir!
Assim, lá fomos absorvendo e interiorizando o conceito para melhor nos divertirmos.
Porque de manhã quando acordássemos estaríamos em Florianópolis.
O navio Costa Romântica (ia fazer o "nosso" trajecto).
A cidade em peso para se despedir!
Os bombeiros ajudar à festa!
E um excelente pôr do sol...